segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Cap D'Agde 2009 - Visita a Marselha



Sexta feira, 21 de Agosto de 2009

Tinha chegado o momento que eu previa ser o mais alto nestas férias pelo menos a expectativa era enorme, a viagem a Marselha.
Não foi preciso o despertador , acordei um pouco antes, no entanto o despertador serviu para sairmos da cama. Fomos ao banho e tomamos o pequeno almoço, a hora permitia que fizessemos tudo sem grandes pressas, tinhamos camioneta junto ao centro ás 7h25m, saímos do parque o relógio andava a roçar as 7 horas.
Á saída do centro ainda seguramos no portão para um homem de bicicleta sair com a mesma, a bicicleta parecia um burro de carga, carregada com sacos, também ele estava de abalada.
Se no dia anterior o movimento no centro era praticamente nulo, neste dia, 1 hora mais cedo, então não se via ninguém. Aguardamos no banco da paragem pela chegada da camioneta, já lá estava um tipo que era italiano á espera, depois chegou uma velhota com quem o italiano meteu conversa, ele ia para Marselha e perguntou á velhota se a camioneta se atrasava e se chegava a horas á estação, a velhota respondeu que ele chegava a horas
De facto a camioneta chegou no horário, a hora prevista de chegada á estação era ás 7h50, uso sempre a nossa hora, o comboio era ás 8h15, tinhamos tempo, mas ainda era necessário comprar os bilhetes, coloquei-me na fila quando quase logo de seguida chegou perto de mim um rapaz novo, funcionário da estação perguntando se precisava de ajuda, eu lá aceitei e ele levou-me a uma máquina que vende os bilhetes, todo o processo foi conduzido por ele, eu só lhe dizia o que queria e respondia ás questões que ele me colocava, mais 120 euros para a conta do visa. Foi providencial o aparecimento do funcionário, evitei alguns minutos que ia levar de seca na fila, assim foi tudo muito mais rapido. Validamos os bilhetes e fomos para a gare.
A circulação estava com cerca de 15 minutos de atraso, não soubemos o que tinha provocado o atraso, mas todos os comboios circulavam com artraso.
Ali relembramos momentos vividos no ano anterior, na mesma plataforma, é que vimos o TGV que ia para Paris, o horário era o mesmo , mas este já ia atrasado. Passados nem 3 minutos após a partida do TGV chegou um outro com o mesmo destino, infelizmente não iamos em nenhum deles, o nosso seria diferente para uma viagem bem mais curta.
Embora a viagem fosse mais curta o atraso ia aumentando, quando finalmente foi anunciado a chegada do comboio o atraso já tinha subido para 20 minutos.
O comboio era agradavel, pintado em tons de vermelho e amarelo, cores representativas do departamento, com bancos confortaveis e paineis a informar a proxima paragem, são informações sempre uteis.
Até Sete fomos junto á porta da entrada por falta de lugares sentados, em Sete  a Nelly sentou-se e eu ia de pé junto dela, em Montpellier ficaram 4 lugares vazios, vi que duas rapariguitas se estavam a preparar para passarem para lá, mas com o pessoal a ocupar o corredor para sair não podiam passar, nós podiamos, por isso ocupamos nós dois lugares que deviam ser os que elas pretendiam.
Marselha cada vez mais perto, mas o atraso continuava a somar minutos, chegamos a meia hora de atraso, segundo informações nos paineis do comboio e também pela instalação sonora.
Um ponto negativo é a falta de civismo dos franceses pelo menos nos comboios, alguns ocupam o seu lugar e colocam a bagagem no banco ao lado, não interessa se tem pessoas ou não para se sentarem, o banco está vazio, há que ocupar, mas ninguém diz nada, deve ser normal, por cá, isso não se passa bem assim, existirão certamente alguns casos pontuais mas de um modo geral por cá, existe mais civismo.
O caminho até Nimes já não era estranho, mas a partir dali tudo seria novo, no entanto não se viu nada de extraordinário, assim fomos até nos aproximarmos de Marselha. Antes uns km começamos a avistar o mar, mal sabia eu que estava próximo de Marselha. Ainda antes da cidade passamos perto do aeroporto, pela instalação sonora informavam que ia seguir no comboio com destino a Nice que o mesmo partiria com atraso de modo a permitir aos passageiros apanhar o mesmo  informarando também a linha onde estava o mesmo. Pelo menos neste ponto eles marcavam a diferença. E pelo que vi tinha muita gente para apanhar o comboio com destino a Nice , pelo menos muita gente saía apressada do comboio e corria para outra zona da estação.
Saímos da gare de Saint Charles em Marselha que é enorme e deparamo-nos com um vista soberba da cidade , cidade que estava envolta numa ligeira névoa. Descemos a enorme escadaria, a minha ideia era ir para o Porto Velho.
No ano anterior tinhamos estado dois dias em Paris, cidade enorme como se sabe, cidade multi racial, no entanto andavamos bem, sentiamos segurança, aqui em Marselha, as coisas eram bem diferentes. Logo que pisamos solo de Marselha, o ar que se respira parecia ser diferente, parecia ser mais pesado, o clima era bem diferente do encontrado em Paris, podia ser impressão nossa, no entanto foi com essa impressão que ficamos.
Descemos um trecho de uma avenida, o movimento era enorme, também era quase meio dia por ali, nós iamos estar umas escassas horas, por isso optamos por ir até ao Porto Velho e apanhar um autocarro turistico para ter uma breve ideia da cidade e ver os principais pontos de referência da mesma.
Pelo caminho até ao Porto Velho fomos tirando fotos, poucas e filmando também um pouco, o ambiente que pairava no ar inibia-nos um pouco, era necessário tomar algumas precauções.
No Porto Velho que estava cheio de embarcações, vimos um autocarro parado e após uma breve conversa com o motorista entramos para o autocarro, nós estavamos decididos a fazer a viagem, mas ele não sabia, por isso estava a tentar vender o produto dele e até nos fez um desconto pelo facto de fazermos o circuito completo , que demorava perto de hora e meia a fazer.
O autocarro é daqueles vulgares autocarros descapotaveis no piso superior , nós ocupamos a primeira fila, desse modo teriamos  uma vista ampla sobre o caminho que percorriamos. O motorista fornece á entrada do autocarro uns auriculares para se ir ouvindo a descrição do local que se passa ou do monumento que se avista, escusado seria dizer que a explicação em português não existe, as linguas existentes, são o francês, espanhol, inglês e alemão, no nosso caso optamos pelo espanhol.

2 comentários:

  1. O sul de França é destino que temos muita curiosidade para conhecer. E Marselha é uma das terras incontornaveis.
    Estamos a gostar de acompanhar esta viagem.
    Abraço

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  2. Olá "Vagamundos"
    Obrigado pelo comentário. O sul de França é quanto a mim uma zona que vale bem a pena visitar

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