segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Estadia ( Cap 5 )




A gruta é enorme, não sei quantas salas tem, pois aquilo é um sobe e desce constante e com cenários diferentes que  perde-se um pouco a noção da localização, de qualquer modo em estalactites e estalagmites a gruta está recheada, é bonita, mas tem um senão, a falta de água , acho que um curso de água por muito pequeno que fosse lhe dava outra vida, talvez sejam influencias das nossas grutas que já visitei. A Nelly fez a estreia dela e ficou fascinada, a mim só faltou mesmo aquele ponto, quanto ao resto, nada a dizer, a dimensão é de uma imponência que tem momentos de cortar um pouco a respiração. De qualquer modo as grutas são fantásticas valeu bem a pena a visita. Ficamos a conhecer o local por onde foram descobertas as grutas e também vimos o guia a tocar música nas paredes, ele conseguia tocar, a Nelly tentou e conseguiu emitir algum som. É um local recomendado a visitar a quem por lá perto passar.
         Dirigimo-nos para a saída e apanhamos o funicular que nos trazia até á saída, estava terminada a saída. A saída dos visitantes é feita passando por uma pequena loja onde vende artigos alusivos á gruta e da região, tendo mesmo ao lado uma grande sala com café , bar e restaurante. Apesar da hora do almoço estar a aproximar-se ficamos apenas por um café para a Nelly.
         Na saída para o exterior apanhamos quase que um choque térmico, que calor se fazia sentir... . Antes de abandonarmos o local tiramos mais algumas fotos e fizemo-nos á estrada. No caminho que era a descer foi-nos permitido vislumbrar um pequeno trecho do rio Hérault, rio que dá nome á região ou vice versa, não sabemos, sabemos que ambos têm o mesmo nome, mas voltando ao rio , vimos grupos de canoistas, muita gente de canoa a pagaiar no rio, eu gostava de fazer um bocado, mas não estávamos preparados, por isso seguimos a viagem para logo que chegamos ao burgo habitacional de Saint Bauzille de Putois virarmos onde indicava Sait Guilhem le Désert. Seguimos junto á margem do rio Hérault o cenário era idilico e paramos num local para tirar algumas fotos, estávamos em St. Etienne, por ali estivemos escassos minutos, junto á estreita ponte que serve de travessia do rio, apenas para registar na máquina fotográfica a beleza paisagística do local, alguns metros antes tem um parque de campismo que creio chamar-se “ Le Val d’Hérault”, parece ser de pequenas dimensões e nada mais parece existir por ali.
Prosseguimos o caminho e aqui e acolá encontrávamos carros estacionados, eram locais onde certamente existiam praias fluviais e noutros locais viamos pessoas que iam ou vinham da canoagem. Passamos em Causse de la Selle, passamos num local que parece ser conhecido pelo desfiladeiro e também passamos junto ao estacionamento de mais umas grutas, estavamos perto de Saint Guilhem le Désert.
Saint Guilhem le Désert aparece no meio do nada, nós não efectuamos nenhuma paragem, mas pelo que nos foi dado perceber, é uma pequena mas bonita localidade, pode eventualmente a ser uma zona a explorar numa próxima oportunidade, são locais que vão ficando referenciados. O movimento de pessoas tendo em conta a dimensão do local era considerável, o rio passa mesmo junto á localidade e existem praias fluviais, tudo muito arranjado, sem dúvida um local agradável. Atravessamos o rio, existe uma ponte que tem um nome no mínimo curioso, “Ponte do Diabo”, certamente existe alguma explicação para tal nome, mas não soubemos o porquê. Após Saint Guilhem le Désert passamos perto de uma outra localidade Saint Jean de Fos e após a mesma voltamos a fazer o percurso que tínhamos feito na ida ás grutas, tal reencontro deu-se á entrada de Anianne, estávamos de novo na D32. Em Anianne existe um parque de campismo naturista, pelo menos vimos as placas indicativas do parque mas do mesmo nada vimos, seguimos em direcção a Gignac e após a mesma localidade entramos na A750 até ela se unir á A75. Ao chegar a “Pézenas” eu queria ver se tinha oportunidade de fotografar a placa com a indicação de “Conas”, quase fiquei pela tentativa, fotografei, mas a foto não saiu bem, talvez no próximo ano  haja outra oportunidade, pelo menos vontade de voltar para Cap não falta, a vontade vai-se renovando de ano para ano.
Regressamos ao parque e demos descanso ao carro, agora o motor só deveria voltar a trabalhar quando fosse para iniciar o regresso a casa, já tinha feito 1644 km. A hora de almoço já tinha passado, mas nós ainda iamos comer qualquer coisa, por isso fomos ao centro e comemos um Kebab em Gallete e bebemos cerveja que devido ao calor que estava, rapidamente perdia a frescura. Depois disso, demos uma pequena volta pelo centro e mais tarde fomos até á praia. Depois da mesma voltamos a passar pelo centro para comprar a Baguete e umas fatias de “Roti de Porc”, umas duas fatias para cada um acompanhado com os incontornáveis legumes.
Esta noite íamos dar uma volta pelo centro, mas não ia dar para estar lá muito tempo na medida em que no dia seguinte era necessário levantar cedo, tínhamos previsto fazer uma breve visita a Marselha, íamos de comboio e esse passava na “Gare de Agde” ás 9h15m.
Fomos ao Eros Café, é um local agradável, diferente do Melrose, no estilo, na música, na decoração, mas o ambiente é em tudo semelhante. Pouco tempo estivemos por lá, entramos e nem bebemos nada, não que o ambiente não estivesse bom, estava como sempre está, mas havia que recolher cedo para cedo erguer.

1 comentário:

  1. Sempre a rodar, muito interessante!!bela zonas que passara...assim é bom conhecer novas coisas, novas terras, novas culturas... muito bem.....

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